O relacionamento entre os homens e a Mulher Cíclica

“E nós?” é uma pergunta que os homens têm feito em relação ao ciclo menstrual das suas parceiras.

Nós temos guias para as mulheres para ajudá-las a explorar e expressar seus ciclos naturais, mas e os homens que convivem com essa dinâmica? Onde está a ajuda para eles? Como eles acompanham? Como eles gerenciam as necessidades variáveis e as expectativas das suas parceiras? Como eles se sentem seguros de si mesmos quando seus mundos parecem estar sob o controle do ciclo de suas parceiras?

Não é de admirar que os homens possam se sentir um pouco impotentes, um pouco dominados e desvalorizados. E a resposta para onde está a ajuda para os homens? Ela precisa vir da Mulher Cíclica com quem eles estão vivendo.

Embarcar em uma jornada de exploração do ciclo é uma jornada excitante para as mulheres. De repente, as coisas fazem mais sentido e nós temos permissão para ouvir nosso corpo e a nós mesmas e de sermos livres para sermos quem somos em cada fase. Isso é libertador, esclarecedor, empoderante e traz uma sensação maravilhosa de esperança e crescimento.

Descobrir quem somos é uma das coisas mais importantes que podemos fazer. Aprender sobre os nossos diferentes arquétipos e trazê-los igualmente para nossas vidas é um importante caminho de despertar prático e espiritual e de viver nossa personalidade autêntica. Mas, infelizmente, nós esquecemos de nosso parceiro em nosso entusiasmo, deixando-o se sentir distante, confuso e invalidado.

Os homens precisam explorar suas próprias energias e corpos e redescobrir seu próprio caminho de masculinidade autêntica, mas as mulheres têm uma responsabilidade em ajudar os homens a entenderem a feminilidade autêntica. E isso requer paciência. Precisamos ser a professora, encontrando meios de tornar a informação compreensível, para mostrar os benefícios da informação e dar a nosso “aluno” o tempo de que ele precisa para compreender e crescer.

Precisamos dar tempo aos homens para se acostumarem com a nossa natureza cíclica e nossa espiritualidade feminina enquanto ela se torna parte das nossas vidas. Precisamos mostrar que o nosso parceiro ainda é importante pra nós em nossa jornada, que ele é amado e apreciado. Nosso caminho não é o de criar longas listas de atividades que ele tem de fazer em cada fase para satisfazer nossas necessidades para que possamos ser mulheres felizes e realizadas. Nosso caminho é o de pegar na mão dele e mostrar os benefícios mútuos. Nossos superpoderes não são só para nós, eles estão lá para capacitar a vida do nosso parceiro, assim como a nossa.

E, se o nosso relacionamento é realmente para a vida inteira, então temos o tempo para sermos pacientes e aprendermos juntos. E a alegria é que, quando nós damos aos homens o foco e a atenção totais da nossa fase do arquétipo, então ele vivencia a resposta masculina autêntica a esse aspecto da nossa feminilidade. A Donzela pode fazê-lo se sentir um jovem guerreiro, a Feiticeira pode conectá-lo com seu Mago interior, a Mãe pode chamar pelo Pai amoroso e cuidadoso e a Crone pode encontrar seu Sábio na unicidade do Universo. Nós podemos ser o catalizador de sua própria exploração espiritual. E agora ele não está mais isolado ou invalidado, porque nós refletimos de volta um para o outro os quatro tipos de amor, percepção, energia sexual, criatividade e espiritualidade. Juntos dançamos o fluxo dos arquétipos masculinos e femininos.

Nós mulheres não deveríamos esperar que os “homens nos alcancem”. Em vez disso, nós deveríamos trilhar o caminho cíclico com eles, compartilhando nossos presentes e descobertas. Juntos, homens e mulheres têm a habilidade não só de “gerenciar” o ciclo, mas de vê-lo como um caminho positivo e benéfico em direção a um relacionamento de amor, harmonia, realização e compreensão que durará uma vida inteira.

Translators: Cristiane Diaz Lucke e Taty Guedes

Why should men have access to all the tips for managing the menstrual cycle? A book for men – but also important for women to read!